Acompanho eventos em que a internet é assunto de debate com destaque para as Mídias Sociais, E-commerce e E-mail Marketing. Participam especialistas da área, SEO’s, programadores, web designers. Por que não encontramos dirigentes lojistas, entidades representativas da indústria e do governo?
Mesmo com o descaso dessas lideranças, o Brasil impulsiona a economia digital do setor de e-commerce da America Latina. É conhecido como “O Gigante Sul-Americano” porque representa 59,1% do comércio eletrônico, seguido do México (14,2%), Caribe (6,4%), Argentina (6,2%), Chile (3,5%), Venezuela (3,3%), América Central (2,4%), Colômbia (2%) e Peru (1,4%), segundo estudo divulgado pela “América Economia Intelligence”, encomendado pela Visa. Não se pode ignorar um setor que cresceu 98,5% nos últimos dois anos e esse incremento se deve muito aos canais de descontos, com os sites de compras coletivas que estão transformando o comportamento dos consumidores. O e-mail marketing é um dos temas mais abordados nesses encontros, por ser o meio mais popular na internet e o que proporciona um maior retorno. A falta de uma lei que regulamente o e-mail marketing é um dos pontos mais urgentes a serem resolvidos. Para que sejam proibidos os bloqueios indevidos de provedores que utilizam regras “burras” quando deveriam configurar os IP’s válidos como idôneos em vez de classificá-los de forma generalizada como SPAMMER. Sabemos que as vendas acontecem depois que as pessoas recebem um e-mail marketing promocional, então, por que o projeto de lei tão importante para o nosso país como o de regulamentação do e-mail marketing tramita no senado por 12 anos e nada se resolve?
O problema é que o projeto do senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG) conhecido como AI-5 digital, além de ser complexo não consegue acompanhar um meio tecnológico que muda rapidamente, parece que quer resolver muitos problemas de uma vez só. Como pode um projeto de lei ser aprovado se ameaça a defesa da liberdade e do progresso do conhecimento?
O assunto E-mail Marketing merece uma lei específica, poderia ser mais simples, porém, bem sucedida para que regulamente de uma vez por toda a boa prática e que penalize os spammer’s responsáveis pela disseminação de vírus na rede.
O que o e-commerce no Brasil precisa é do engajamento de todas as lideranças do setor e também dos políticos no combate a fraude do e-commerce, e de uma lei que regulamente o e-mail marketing… Estamos na sétima posição entre os 10 maiores do mundo e podemos muito rapidamente nos destacar entre os 3 maiores como o país com maior poder de compra da internet.