Comportamento dos consumidores online agora pode ser monitorado

A empresa de pesquisas IBOPE lançou no final de 2011 a sua nova ferramenta E-tail Report. O serviço irá mensurar o comportamento dos consumidores online com informações sobre hábitos dos usuários nos principais sites de e-commerce, dos portais que mais levam visitantes a uma loja eletrônica e quais são os varejistas com melhor desempenho do país.

Segundo o Ibope, é a única ferramenta no Brasil de monitoramento do comércio eletrônico

Este monitoramente é feito através de um painel de internautas que permite acompanhar o fluxo de consumo pela internet e entender o perfil e características dos e-consumers. O processo de aferição da E-tail Report é todo contabilizado com dados como o número de itens visualizados nas vitrines do comércio eletrônico, produtos que foram vistos com detalhe, colocados no carrinho e comprados. Disponibiliza ainda informações sobre o comportamento destes consumidores, como as páginas em que navegou antes e após a visita ao site de comércio eletrônico. O objetivo do IBOPE com o E-tail Report é de atender desde as agências, fabricantes anunciantes e buscadores de preços até portais e varejistas.

Internet em debate

  Acompanho eventos em que a internet é assunto de debate com destaque para as Mídias Sociais, E-commerce e E-mail Marketing. Participam especialistas da área, SEO’s, programadores, web designers. Por que não encontramos dirigentes lojistas, entidades representativas da indústria e do governo? Mesmo com o descaso dessas lideranças, o Brasil impulsiona a economia digital do setor de e-commerce da America Latina. É conhecido como “O Gigante Sul-Americano” porque representa 59,1% do comércio eletrônico, seguido do México (14,2%), Caribe (6,4%), Argentina (6,2%), Chile (3,5%), Venezuela (3,3%), América Central (2,4%), Colômbia (2%) e Peru (1,4%), segundo estudo divulgado pela “América Economia Intelligence”, encomendado pela Visa. Não se pode ignorar um setor que cresceu 98,5% nos últimos dois anos e esse incremento se deve muito aos canais de descontos, com os sites de compras coletivas que estão transformando o comportamento dos consumidores. O e-mail marketing é um dos temas mais abordados nesses encontros, por ser o meio mais popular na internet e o que proporciona um maior retorno. A falta de uma lei que regulamente o e-mail marketing é um dos pontos mais urgentes a serem resolvidos. Para que sejam proibidos os bloqueios indevidos de provedores que utilizam regras “burras” quando deveriam configurar os IP’s válidos como idôneos em vez de classificá-los de forma generalizada como SPAMMER. Sabemos que as vendas acontecem depois que as pessoas recebem um e-mail marketing promocional, então, por que o projeto de lei tão importante para o nosso país como o de regulamentação do e-mail marketing tramita no senado por 12 anos e nada se resolve? O problema é que o projeto do senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG) conhecido como AI-5 digital, além de ser complexo não consegue acompanhar um meio tecnológico que muda rapidamente, parece que quer resolver muitos problemas de uma vez só. Como pode um projeto de lei ser aprovado se ameaça a defesa da liberdade e do progresso do conhecimento?

O assunto E-mail Marketing merece uma lei específica, poderia ser mais simples, porém, bem sucedida para que regulamente de uma vez por toda a boa prática e que penalize os spammer’s responsáveis pela disseminação de vírus na rede.

O que o e-commerce no Brasil precisa é do engajamento de todas as lideranças do setor e também dos políticos no combate a fraude do e-commerce, e de uma lei que regulamente o e-mail marketing… Estamos na sétima posição entre os 10 maiores do mundo e podemos muito rapidamente nos destacar entre os 3 maiores como o país com maior poder de compra da internet.

Brasil perde somente para China na projeção de crescimento no e-commerce até 2015

  Nos próximos quatro anos o Brasil perde somente para China na relação dos 10 países com maior poder de compra na internet. Segundo o estudo da T-Index 2015, índice estatístico que indica a participação online de cada país no mercado mundial , o Brasil terá o segundo maior crescimento com 43,3% sobre 2011, a China com 63,4% e a Rússia com 26,2%, enquanto que os demais países que compõe o grupo dos dez maiores terão uma queda considerável.

O Brasil sai em 2011 da sétima posição para a quarta posição em 2015. O EUA que terá a segunda maior queda (-31,1%) continua na segunda posição com 16,8% de participação no mercado da internet e o respectivo PI per cápita.